21 de dezembro de 2012
Será um problema de português?
Aqui há uns tempos "defendi" aqui no blogue e fora dele, a Isabel Jonet. Apesar das coisas não estarem nada bem no nosso país, os meus pais e os pais dos meus pais e por aí fora,esses sim passaram por muito. Passaram fome, só tinham uma roupa e uns sapatos e não havia vícios. De facto, vir para a televisão apelar aos quatro ventos que passam dificuldades com "dentes de fumadora", não cai assim muito bem... e já a minha avó dizia que "quem não tem dinheiro, não tem vícios". Isso, e ter quatro filhos ou mesmo apenas um quando não se tem emprego, nem dinheiro para se sustentar a si mesma... trazer crianças ao Mundo para esperar que alguém lhes dê algum subsídio para ir vivendo é um bocado arriscado, não? E pensar um bocadinho, que tal? Daí, ter considerado que o comentário da Jonet, não tinha sido assim tão infundado. Agora, no programa "Linha da Frente", ouço-a dizer que crianças que comam apenas uma refeição completa por dia não passam fome... apenas carências alimentares. Ora bem, se uma refeição por dia não lhes dá as calorias suficientes para o que gastam isto não é fome?! Ok, ok, comem mais do que as crianças de África mas se isto não é considerado fome, então não sei o que é... é não comer nada? Só quem não come nada é que passa fome? Quero acreditar que isto é um problema de português e que para alguns, "carência alimentar" é só mais um sinónimo de "fome".
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