A propósito de uma música que ouvi na rádio apetece-me escrever sobre o gostar de alguém. Mas não é o gostar de um alguém qualquer... é o gostar de um melhor amigo. Não sei porque raio o autor da dita música se lembrou de a certa altura escrever: "lucky i'm in love with my best friend". De certeza que nunca viveu esta experiência que, tanto pode ser boa, como má. Passo a explicar: no caso de ambos os amigos estarem na mesma onda, sim é capaz de ser muito bom iniciar um relacionamento amoroso. Já se conhecem (assim como as respectivas famílias), têm coisas em comum, há uma amizade base, fundamental a qualquer relação. Por outro lado, no caso de apenas um estar para aí virado, é uma complicação gerir tudo isto. É o não querer ferir sentimentos, não saber até onde vai um acto de amizade que não possa ser mal interpretado, é o saber balançar a razão e a emoção... Não se começa uma relação para não se perder uma amizade e, acaba-se por perder uma amizade sem se ter uma relação. Estúpido não é? Acredito que até pode funcionar para alguns, caso contrário não se escreviam músicas sobre isto e muito menos Hollywood perdia tempo a fazer filmes e mais filmes em que os melhores amigos vivem felizes para sempre. Mas na vida real, a vida de cada um de nós, as coisas não são assim tão lineares...e eu pergunto-me: não podem os melhores amigos continuar só e simplesmente a ser os nossos melhores amigos de sempre?
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