23 de julho de 2012

Escolhas

Sábado, 21 de Julho de 2012, fechou-se mais um ciclo na minha vida. Ao simbolismo da data, juntou-se a conclusão do curso. Feliz? Sim. Assustada? Um pouco. Realizada? Muito. 29 anos, duas licenciaturas (ah! e uma pós-graduação) e uma mão cheia de sonhos e ambições. Há alturas em que ainda me arrependo de não ter tirado logo este curso, que adoro de paixão. Gostaria de já estar a fazer mestrado ou, quem sabe, doutoramento. Mas o destino assim não quis. A vida é feita de escolhas: umas melhores, outras piores. Escolhas que podem mudar a nossa vida. Considero que ainda fui a tempo de alterar uma escolha académica do passado e decidi arriscar. Arrisquei numa altura em que queria estar já a viver outra fase da minha vida mas arrisquei. Não me arrependo nem por um momento apesar de tudo o que perdi. Perdi muito mas ganhei ainda mais. E ganhei o mais importante: prazer e orgulho naquilo que faço, naquilo que posso fazer para ajudar o outro. Se esta escolha me levou no caminho certo mais tarde do que era suposto, paciência. O que interessa é que levou. Se continuar a ouvir dizer que estaria bem profissionalmente se tivesse tirado este curso mais cedo, paciência. Há que aceitar isso. A maturidade com que vejo o outro é única e, como diria a minha querida avó, o saber nunca ocupou lugar. E ainda tenho tanto mas tanto para saber... :)

8 de julho de 2012

Trigo & eu

Não é de hoje que eu adoro animais, no geral e cães, em particular. Veterinária, era a profissão dos meus sonhos, até perceber que não conseguia ver os bichos a levar uma vacina... ;)Choro e chorarei com filmes sobre a vida animal ou comédias românticas que metam bicharada pelo meio. Sempre gostei e vou gostar de animais e acho uma benção que façam parte da nossa vida. Tive a felicidade de tê-los ao longo destes anos, por isso, a minha infância, adolescência e início da idade adulta têm sempre um (ou mais) cão (gato, rato, tartaruga, etc e tal) associado. E, se quando era mais pequena gostava de amostras de cães para andar com eles ao colo, à medida que fui crescendo, comecei a gostar de cães grandes. E o Trigo é grande, muito grande! Surgiu na minha vida por acaso. Ou não. Talvez tenha sido o destino. A minha gata tinha sido atropelada e como estávamos todos muito desgostosos, decidimos ir buscar um animal ao canil, não sem antes falarmos com o veterinário. Enquanto esperava na sala, vi uma cesta com mais de meia dúzia labradores bebés, ainda com os olhos meios abertos, meios fechados. Não resisti. Juntei dinheiro para comprar um e como já tinha um cão, não podia ter uma cadela. Sobrava um. Todos os outros já tinham dono. Menos este. Quando fui buscá-lo ainda não tinha escolhido o nome mas soube-o assim que o vi. Trigo. E aqui começa uma grande aventura que passa por muitos chinelos roídos, camisas rasgadas, comida roubada, cozinha destruída, tentativas de passeios na rua (qual Jennifer com o Marley), cocktail de comprimidos e frutas, "enchidos" de meias, arranhões e empurrões,... e muitas, mas mesmo muitas gargalhadas e sorrisos, festas e miminhos, brincadeiras e corridas, lambidelas e habilidades. Hoje, passados 10 anos, consegui que me desse a bola sem eu ter de puxá-la à força (obaaaa!) mas hoje, também me apercebi que já lhe custa a levantar-se da cama, se cansa mais depressa e o estar mais calmo significa estar mais velho. Ainda assim, está sempre pronto para mais uma brincadeira e, sobretudo, mais cafuné, ou não fosse ele um mimalho assumido!! Gosto tanto, mas tanto de ti, Triguinho do meu coração...

6 de julho de 2012

Público vs Privado

A guerra entre o sector público e privado não é de hoje mas, o que é certo, é que hoje está ainda mais em alta a propósito da "sugestão" do Tribunal Constitucional (interessa-lhes, por isso é que se manifestaram... ainda tou para perceber a felicidade que uns sentem quando vêm a "desgraça" dos outros mas enfim...)para que as medidas de austeridade sejam alargadas de igual forma aos privados. Aqui em casa é tudo privado e sempre foi. Nunca tivemos a sorte (sim, porque eu acho que ainda é uma sorte)de pertencer à função pública. Está certo que os salários podem não ser tão altos, se compararmos a alguns privados. ALGUNS. Mas, como é óbvio, no privado também há de tudo. Há aqueles que pagam mal e há aqueles que pagam bem. Como no público. Há aqueles que exploram e há aqueles que dividem os ganhos com os empregados. Há aqueles que têm regalias e há aqueles que não têm nada (não há cá ADSE para ninguém). O que os funcionários públicos (alguns, leia-se. Há de tudo, em todo o lado, como é óbvio e tenho muito respeito por esses) se esquecem é que, enquanto eles pagam 3 euros por uma consulta num hospital privado, outros têm de pagar 80; enquanto eles dificilmente vêm para o olho da rua (muito menos com uma mão à frente e outra atrás), outros têm de "comer e calar" porque "hoje em dia é uma sorte ter um emprego"; enquanto eles ganham menos subsídios de isto e daquilo, outros nem o têm ou já não o vêm há meses e meses; enquanto uns metem baixas a torto e a direito, outros quase nem um dia podem faltar, sob pena de já serem "olhados de lado" pelo patronato... e por aqui podia continuar. Se uma empresa está mal, os empregados se querem salvar o seu emprego, devem unir-se para ajudar a empresa a erguer-se. Qual a diferença da empresa privada para o estado? O estado não pode ser uma macro empresa? Agora que se acabaram os tempos das "vacas gordas" são greves atrás de greves, manifestações (de preferência à sexta-feira, que é para o fim-de-semana prolongado) e mil e uma outras coisas que em vez de ajudar só prejudicam? Onde é que já se viu gajos que ganham 5 mil euros por mês terem a lata de convocarem uma greve? Quem lhes deu tanto poder? Não se pode criar uma lei que limite este tipo de greves no sector dos transportes, por exemplo? E o Sócrates? Por que é que ninguém fala dele e só caem como uns cães em cima do actual governo? Sem dúvida que é tudo (ou quase tudo, vá) "farinha do mesmo saco" mas se as coisas estão mal não se devem só a este governo. O anterior (e anteriores...) têm a culpa de viverem acima das possibilidades e é de uma atroz falta de respeito ir para Paris estudar Filosofia com o país como o deixou... E que tal ficar cá a ajudar a pátria? Eu sou uma leiga neste tipo de assuntos. Falo, apenas, do que vejo à minha volta e, sobretudo, do que me revolta. Já disse aqui que o meu sonho era ser funcionária pública mas, eventualmente pela minha experiência familiar, tenho muito respeito pelo sector privado e só espero que se faça justiça e deixem o sector privado em paz... a gozar as poucas regalias que alguns ainda têm.

3 de julho de 2012

Parabéns a mim

Ontem fiz anos. Poderia ter sido um aniversário como outro qualquer, mas não foi. Quando me perguntavam se o dia estava a correr bem respondi sempre: "Muito bem!". E respondi genuinamente. Não é que tenha feito nada de especial, porque não fiz, mas o que fiz foi vivido na sua plenitude. Possivelmente porque não depositei demasiadas expectativas no dia. Possivelmente porque não o idealizei. As coisas foram surgindo e assim sabe melhor. Muito melhor. Estive com quem mais amo e, sobretudo, estive comigo mesma. E isso fez toda a diferença.

22 de junho de 2012

Wishlist

Como estou quase a fazer anos (e porque constam as más línguas que sou esquisita...) aqui vai uma ajudinha à happy people que me queira presentear! ;) Beijinhos e mais beijinhos, mensagens, telefonemas, lanchinhos e abracinhos. Tudo e tudo e tudo. Casaco Zara (tamanho M) Sandálias Zara (tamanho 39/40) Blush Benefit (Sephora) Pincel para pó bronzeador Pérolas de prata Bilhete para concerto Livrinhos!!! Pauzinhos Zara Home (White Jasmin ou não sei quê Lilly). P.S. A minha nabice na informática não conseguiu colocar todas as imagens numa só daí o post gigante e isto está tudo desformatado mas paciência.

13 de junho de 2012

Táxis...em noite de Sto. António!

Desde que estou a viver em Lisboa ando muito mais de táxi e, se até agora não apanhei nenhum taxista pra lá de simpático, ontem (em plena noite de Sto. António) foi o descalabro. Para além de ter sido o verdadeiro CAOS apanhar um (bem que me avisaram, mas eu ainda me quis armar em Carrie...), então não é que eu sozinha às 4h da manhã no Oriente, nenhum táxi ali, nenhuma pessoa para apanhar um e o anormal exigiu que eu fosse para a fila (que não existia, leia-se...)?! Aposto que foi porque eu disse a morada e eles fazem sempre má cara (não, não moro num bairro social... moro é relativamente perto!). Eu não tenho culpa de não ganharem mais de 10 euros comigo!! Depois lá apareceu outro que era uma simpatia (ou não...) mas pelo menos lá me levou a casa. Enfim... Santa paciência. E por falar em santos (que foram bem giros, diga-se de passagem!! ;)... Ai meu rico Sto. António, meu santo casamenteiro, dê lá alguma simpatia a estes taxistas, pra ver se eles ganham mais algum dinheiro!

5 de junho de 2012

Amigos Improváveis

Depois de muitas tentativas frustradas, ontem consegui, finalmente, ir ao cinema ver o "Amigos Improváveis". Já tinha ouvido muitas opiniões positivas, pelo que as expectativas eram altas... e não saí, de todo, desiludida. Adorei os actores, o argumento, a banda sonora, a cidade que serve de cenário, o filme. Tudo. Dos melhores filmes que vi nos últimos tempos (confesso que ultimamente não tenho ido muito ao cinema, muito menos tendo em conta que adoro ir ao cinema) e, muito possivelmente, de todos os filmes que já vi. A mim pouco me interessam os efeitos especiais, os actores do momento, os custos de produção associados. A mim interessam-me filmes que, por um motivo ou por outro, me marcam. Assim de repente, lembro-me de filmes como o "Colisão", "Um ano especial", "Rio", "Match Point" (provavelmente vou-me esquecer de alguns que adoro mas pronto, é o costume...). O "Amigos improváveis" vai, de certeza, ficar na minha memória, tal como estes. Um filme que dá para rir e para chorar. Um filme que fala do valor da amizade e de como esta se sobrepõe a raças, crenças e situações sociais/económicas. Um filme que nos mostra o que é ser "pragmático". Um filme que vou querer voltar a ver e que aconselho vivamente a quem ainda não o fez. Um filme bom. Ponto.