11 de junho de 2013
Palavras leva-as o vento...
... ou não. Para mim, definitivamente, não. Se há pessoa que se agarra às palavras, essa pessoa sou eu. Já andava a pensar nisto há algum tempo até que, no outro dia, o meu psicólogo me disse isto, sem eu sequer ter pronunciado, em consulta alguma, o que me ia na alma sobre este assunto. Segundo ele, eu tenho o dom da palavra e valorizo-a muito nos outros (por vezes, demasiado até...), o que me faz sofrer/ficar triste quando me magoam com palavras que eu não quero ouvir e/ou não mereço, ou com palavras que não são pronunciadas, ficando um vazio incómodo. Talvez seja por isso que, cada vez mais, me sinto livre de dizer coisas boas às pessoas que me são queridas, porque sinto falta disso. Se me apetece dizer, digo e pronto. Há quem diga que é o afecto o mais importante para sermos felizes. Eu concordo, mas acrescento o afecto dado com as palavras. O dizer "Gosto de ti", "Tenho saudades", "Senti a tua falta" ou um simples "Gostei de te ver", fazem-me sentido quando ditos com sinceridade e enchem-me a alma. Agarro-me a eles para aumentar a minha sustentabilidade emocional. Às vezes também escrevo e acabo por ir ler quando me sinto mais tristinha e acreditem que resulta. Cada vez mais, também evito dizer em voz alta palavras negativas, porque se elas têm poder para o bem, também têm para o mal. Talvez exija demasiado dos outros, idealizando as pessoas à minha imagem e personalidade, mas não consigo deixar de valorizar quando se preocupam comigo ou com os meus, quando me oferecem um ombro amigo num momento mais difícil (prometeste-me que chegavas aos 100, ok meu anjo?) ou quando me animam só com uma simples palavra amiga, que funciona como um abraço sentido. A palavra, sempre o poder da palavra. E eu sou pessoa de palavra... e de palavras.
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