26 de julho de 2012
Lisboa menina e moça
Eu sei, eu sei que estou em falta com um post sobre Lisboa mas a verdade é que se vão metendo outros pelo meio e este ficou um pouco esquecido. Mas agora é que é. Vou dar as sugestões (um compêndio de sugestões. Há muitas mais, como é óbvio, mas não cabia tudo e já assim está um post pra lá de grande) por dia para quem, eventualmente, queira passar um fim-de-semana na capital. Vale a pena, vão por mim (então se for com uma óptima companhia como a da L., ainda melhor!). Claro que o Porto é lindo e tudo e tudo e tudo mas Lisboa tem uma luz única que anima qualquer um. Há sempre alguma coisa para fazer. Há cultura (cheira a fado por todo o lado), diversão, compras, gastronomia, gente gira (fútil, também... alguma, vá) e um casario...oh o casario... Amo de paixão o casario de Lisboa.
Sexta-feira
Passear na zona do Parque das Nações (para os corajosos, uma corridinha vai saber muito bem. Acreditem que vão entrar muitas calorias nos próximos dias...). Almoço no vegetariano Bem-me-Quer (fica na Almirante Reis. A comida é óptima e o bolo de chocolate, apesar se ser o mais feio da cidade de Lisboa, é m-a-r-a-v-i-lh-o-s-o!) Em alternativa sugiro o Caruzzo no Pateo Bagatela (italiano, acessível e bom). Seguir para a baixa e passear, passear, passear: Rossio, Praça da Figueira, Rua Augusta e Praça do Comércio. Apanhar o eléctrico 28 (Cuidado, mas cuidado MESMO, com os carteiristas!!Mais giro ainda é fazer o percurso todo do eléctrico até ao Martim Moniz, onde a riqueza étnica e cultural nos transporta para diferentes países do Mundo) e seguir para a Sé, Igreja de Santo António, Panteão Nacional (a vista lá de cima é soberba), miradouros (Graça e Portas do Sol. Há mais mas não precisam de ir a todos), Castelo de São Jorge, ruas e ruinhas dos bairros típicos lisboetas. Voltar para o Chiado e explorar aquela zona (sou suspeita porque ADORO aquilo) . Subir ao bar do Hotel do Bairro Alto e desfrutar das vistas magníficas (e prepararem-se para largar uns euros jeitosos por uma bebida qualquer mas vale muito a pena. Na zona também há o Hotel Chiado e a esplanada da loja Pollux mas, sinceramente, não fui lá). Descer e ir lanchar à Tartine ali na Baixa (alternativas, também na baixa: cupcakes na Tease - Bairro Alto; gelados na Santini - Chiado; crepes na Haagen Dazs). Seguir para o alojamento, descansar um pouco, tomar um bom banho e sair novamente. Jantar no Fábulas (Chiado, novamente. Eu bem disse que era suspeita!!). Tomar um copo pelo Bairro e/ou Cais do Sodré. No caso do cansaço já se ter instalado (mas ainda não quererem dar o braço a torcer), o copo pode ser tomado no Pavilhão Chinês e/ou na Pensão Amor.
Sábado
Acordar tarde e ir "brunchar" ao Café da Fábrica no Lx Factory, ou Pois Café ou Café Haus (obrigada L.B. pelas sugestões). A vantagem do primeiro é que, também no Lx Factory, tem uma loja com um bolo de chocolate de comer e chorar por mais. Chama-se Landeau (boa sugestão I.) e o que vale é que o meu coração é muito grande e consigo gostar de muitos bolos ao mesmo tempo (a barriga é que não é assim tão grande...)!! Seguir para a zona de Belém e passear, passear, passear: Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos, Centro Cultural de Belém (há exposições gratuitas. Não garanto é que percebam o que vão ver... arte moderna não é comigo, admito a minha ignorância), Mosteiro dos Jerónimos, jardins (claro que isto implica ter, previamente, comprado um pastel de Belém), Museu dos Coches. Seguir para o alojamento e blablabla. Jantar no Darwin's Café e ir beber um copo até um dos muitos quiosques da Av.da Liberdade ou ao bar do Hotel Sheraton (claro que depois, pode-se sempre ir para os locais já sugeridos para ontem...).
Domingo
Acordar tarde (mas não tão tarde como ontem) e ir à Estrela e, depois, do Rato para o Príncipe Real a pé. Ver as lindas vistas (diferentes das dos miradouros de 6a) do Miradouro de S.Pedro de Alcântara e descer até aos Restauradores (a pé ou no elevador da Glória). Almoçar na Mercearia Vencedora no Campo Pequeno e mais um bolo de chocolate (eu juro, eu juro que isto não é um roteiro com base nos bolos de chocolate!! Parece, mas não é!). Ir a pé até à Gulbenkian e desfrutar dos jardins, das exposições (gratuitas ao domingo), dar de comer aos patos, ler um livro, relaxar. Preparar para ir buscar as coisas ao alojamento e partir com a vontade de voltar. Voltar sempre. Com mais coisas para visitar, para descobrir, para viver... Happy.
23 de julho de 2012
Escolhas
Sábado, 21 de Julho de 2012, fechou-se mais um ciclo na minha vida. Ao simbolismo da data, juntou-se a conclusão do curso. Feliz? Sim. Assustada? Um pouco. Realizada? Muito. 29 anos, duas licenciaturas (ah! e uma pós-graduação) e uma mão cheia de sonhos e ambições. Há alturas em que ainda me arrependo de não ter tirado logo este curso, que adoro de paixão. Gostaria de já estar a fazer mestrado ou, quem sabe, doutoramento. Mas o destino assim não quis. A vida é feita de escolhas: umas melhores, outras piores. Escolhas que podem mudar a nossa vida. Considero que ainda fui a tempo de alterar uma escolha académica do passado e decidi arriscar. Arrisquei numa altura em que queria estar já a viver outra fase da minha vida mas arrisquei. Não me arrependo nem por um momento apesar de tudo o que perdi. Perdi muito mas ganhei ainda mais. E ganhei o mais importante: prazer e orgulho naquilo que faço, naquilo que posso fazer para ajudar o outro. Se esta escolha me levou no caminho certo mais tarde do que era suposto, paciência. O que interessa é que levou. Se continuar a ouvir dizer que estaria bem profissionalmente se tivesse tirado este curso mais cedo, paciência. Há que aceitar isso. A maturidade com que vejo o outro é única e, como diria a minha querida avó, o saber nunca ocupou lugar. E ainda tenho tanto mas tanto para saber... :)
8 de julho de 2012
Trigo & eu
Não é de hoje que eu adoro animais, no geral e cães, em particular. Veterinária, era a profissão dos meus sonhos, até perceber que não conseguia ver os bichos a levar uma vacina... ;)Choro e chorarei com filmes sobre a vida animal ou comédias românticas que metam bicharada pelo meio. Sempre gostei e vou gostar de animais e acho uma benção que façam parte da nossa vida. Tive a felicidade de tê-los ao longo destes anos, por isso, a minha infância, adolescência e início da idade adulta têm sempre um (ou mais) cão (gato, rato, tartaruga, etc e tal) associado. E, se quando era mais pequena gostava de amostras de cães para andar com eles ao colo, à medida que fui crescendo, comecei a gostar de cães grandes. E o Trigo é grande, muito grande! Surgiu na minha vida por acaso. Ou não. Talvez tenha sido o destino. A minha gata tinha sido atropelada e como estávamos todos muito desgostosos, decidimos ir buscar um animal ao canil, não sem antes falarmos com o veterinário. Enquanto esperava na sala, vi uma cesta com mais de meia dúzia labradores bebés, ainda com os olhos meios abertos, meios fechados. Não resisti. Juntei dinheiro para comprar um e como já tinha um cão, não podia ter uma cadela. Sobrava um. Todos os outros já tinham dono. Menos este. Quando fui buscá-lo ainda não tinha escolhido o nome mas soube-o assim que o vi. Trigo. E aqui começa uma grande aventura que passa por muitos chinelos roídos, camisas rasgadas, comida roubada, cozinha destruída, tentativas de passeios na rua (qual Jennifer com o Marley), cocktail de comprimidos e frutas, "enchidos" de meias, arranhões e empurrões,... e muitas, mas mesmo muitas gargalhadas e sorrisos, festas e miminhos, brincadeiras e corridas, lambidelas e habilidades. Hoje, passados 10 anos, consegui que me desse a bola sem eu ter de puxá-la à força (obaaaa!) mas hoje, também me apercebi que já lhe custa a levantar-se da cama, se cansa mais depressa e o estar mais calmo significa estar mais velho. Ainda assim, está sempre pronto para mais uma brincadeira e, sobretudo, mais cafuné, ou não fosse ele um mimalho assumido!! Gosto tanto, mas tanto de ti, Triguinho do meu coração...
6 de julho de 2012
Público vs Privado
A guerra entre o sector público e privado não é de hoje mas, o que é certo, é que hoje está ainda mais em alta a propósito da "sugestão" do Tribunal Constitucional (interessa-lhes, por isso é que se manifestaram... ainda tou para perceber a felicidade que uns sentem quando vêm a "desgraça" dos outros mas enfim...)para que as medidas de austeridade sejam alargadas de igual forma aos privados. Aqui em casa é tudo privado e sempre foi. Nunca tivemos a sorte (sim, porque eu acho que ainda é uma sorte)de pertencer à função pública. Está certo que os salários podem não ser tão altos, se compararmos a alguns privados. ALGUNS. Mas, como é óbvio, no privado também há de tudo. Há aqueles que pagam mal e há aqueles que pagam bem. Como no público. Há aqueles que exploram e há aqueles que dividem os ganhos com os empregados. Há aqueles que têm regalias e há aqueles que não têm nada (não há cá ADSE para ninguém). O que os funcionários públicos (alguns, leia-se. Há de tudo, em todo o lado, como é óbvio e tenho muito respeito por esses) se esquecem é que, enquanto eles pagam 3 euros por uma consulta num hospital privado, outros têm de pagar 80; enquanto eles dificilmente vêm para o olho da rua (muito menos com uma mão à frente e outra atrás), outros têm de "comer e calar" porque "hoje em dia é uma sorte ter um emprego"; enquanto eles ganham menos subsídios de isto e daquilo, outros nem o têm ou já não o vêm há meses e meses; enquanto uns metem baixas a torto e a direito, outros quase nem um dia podem faltar, sob pena de já serem "olhados de lado" pelo patronato... e por aqui podia continuar. Se uma empresa está mal, os empregados se querem salvar o seu emprego, devem unir-se para ajudar a empresa a erguer-se. Qual a diferença da empresa privada para o estado? O estado não pode ser uma macro empresa? Agora que se acabaram os tempos das "vacas gordas" são greves atrás de greves, manifestações (de preferência à sexta-feira, que é para o fim-de-semana prolongado) e mil e uma outras coisas que em vez de ajudar só prejudicam? Onde é que já se viu gajos que ganham 5 mil euros por mês terem a lata de convocarem uma greve? Quem lhes deu tanto poder? Não se pode criar uma lei que limite este tipo de greves no sector dos transportes, por exemplo? E o Sócrates? Por que é que ninguém fala dele e só caem como uns cães em cima do actual governo? Sem dúvida que é tudo (ou quase tudo, vá) "farinha do mesmo saco" mas se as coisas estão mal não se devem só a este governo. O anterior (e anteriores...) têm a culpa de viverem acima das possibilidades e é de uma atroz falta de respeito ir para Paris estudar Filosofia com o país como o deixou... E que tal ficar cá a ajudar a pátria?
Eu sou uma leiga neste tipo de assuntos. Falo, apenas, do que vejo à minha volta e, sobretudo, do que me revolta. Já disse aqui que o meu sonho era ser funcionária pública mas, eventualmente pela minha experiência familiar, tenho muito respeito pelo sector privado e só espero que se faça justiça e deixem o sector privado em paz... a gozar as poucas regalias que alguns ainda têm.
3 de julho de 2012
Parabéns a mim
Ontem fiz anos. Poderia ter sido um aniversário como outro qualquer, mas não foi. Quando me perguntavam se o dia estava a correr bem respondi sempre: "Muito bem!". E respondi genuinamente. Não é que tenha feito nada de especial, porque não fiz, mas o que fiz foi vivido na sua plenitude. Possivelmente porque não depositei demasiadas expectativas no dia. Possivelmente porque não o idealizei. As coisas foram surgindo e assim sabe melhor. Muito melhor. Estive com quem mais amo e, sobretudo, estive comigo mesma. E isso fez toda a diferença.
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