Noveleira

Sou noveleira. Sempre fui e sempre serei. Quando acaba uma novela, digo sempre que não me quero "prender" a outra, mas qual quê, se começo a ver e me agrada, é um tirinho para ficar fã. Gosto mesmo muito de novelas brasileiras (as portuguesas evoluiram, é um facto, mas ainda têm muito que dar à perna) e a "Avenida Brasil" ainda não acabou e eu já me sinto um bocadinho órfã. Buaaahhh! Já me acompanha há uns meses largos e tem sido óptima companhia. Além disso, como vejo muitas vezes com a minha querida mãe, acaba por ser um momento zen só nosso. Desde o início que colei no argumento, nos actores, no suspense envolvente, no papelão da Adriana Esteves (não me admira que tenha ficado com um esgotamento depois deste papel), nos giraços, nas piadas e expressões tipicamente brasileiras ("Mala", "Toupeirão", ou "Zé Formiga", são só algumas delas)... tudo (só não gosto dos gritos! Às vezes tem demasiados gritos na casa do Tufão...). Consigo chorar, mas também me rio muito!! Foi um enorme sucesso no Brasil e também o é em Portugal e fico contente por ter resistido no início (e quando o suspense apertava, confesso!!) a ir espreitar o site da Globo para ver como a novela acabava. A piada, para mim, é imaginar como vai ser. Para uma expert em novelas como eu (gozem-me, mas quando era pequena, fazia uns bloquinhos com fotos dos actores, que recortava das revistas! Acho que ainda os tenho para ali guardados), a "Avenida Brasil" encheu-me as medidas: é urbana, tem piada, tem música cómica e cutxi cutxi, tem actores fantásticos, tem suspense, tem maus que não são totalmente maus (aqui o meu coração de manteiga consegue ter pena deste tipo de maus...), tem surpresas, tem romance (para uma eterna romântica como eu, isto é assim, digamos que a cereja em cima do bolo!)... e tem Brasiu!! Não me canso de ver boas novelas, não me canso de ouvir o brasileiro falar, não me canso de "cheirar" este país m-a-r-a-v-i-lh-o-s-o!