O meu Freixinho...

E "As Viagens na Minha Terra" continuam. Portugal tem sítios lindíssimos e é pena precisarmos da crise para, muitas vezes, os descobrirmos e lhes darmos valor. Esta terra já conheço de gingeira mas deixo aqui a sugestão para quem quiser visitar. Garanto que não se arrependem. Desta vez fui para as minhas raízes. Freixo de Espada à Cinta é a terra de que vos falo. A vila mais Manuelina de Portugal onde as visitas à Igreja Matriz, Torre, Pelourinho e centro histórico são obrigatórias, passando pela praia fluvial da Congida e o miradouro do Penedo Durão e dos Montes Ermos. A propósito de mais uma visita ao meu querido avô e das festas em honra de Nossa Senhora dos Montes Ermos (de quem sou muito devota) lá fui eu passar mais um fim-de-semana fora cá dentro. O calor que se fazia sentir não deu para grandes passeios mas à noite lá fui eu para o bailarico. A banda convidada (ao contrário dos tempos de vacas gordas... obesas, atrever-me-ia até a dizer) não era conhecida mas deu bem conta do recado! Música brasileira e portuguesa e até um dueto Pablo & Carminho! Cantavam de tudo e animaram a malta (ali poucas palmas se batem mas acreditem que nem que lá fosse o Tony elas se ouviam!É uma coisa que me transcende... Talvez com o Canuco e a Fanny, não sei...). O fogo de artifício foi o mesmo de sempre (não consigo gostar muito daquilo, confesso) e deu para assustar as crianças mais distraídas e fazer disparar como setas os cães que por ali vagueavam. No dia seguinte, o ponto alto foi a procissão (juro que não consigo perceber como é que as senhoras que levam andores conseguem ir de tacão, alguns deles agulha! Admiro a coragem mas nunca cheguei a perceber se faz parte de alguma promessa...). Momento de fé e de emoções fortes pelo elo de ligação à minha querida avó... Enfim, dias de sopas e descanso na terra onde o tomate sabe a tomate, o céu tem mais estrelas à noite e o tempo passa devagar. Muito devagar mesmo.